Desejo e excitação: qual a diferença?


É necessário enfatizar a diferença entre estes dois termos.

A função sexual humana só foi descrita na década de 60. Dois pesquisadores, Masters e Johnson, possuíam um laboratório experimental nos Estados Unidos, onde estudavam a fisiologia sexual, tendo entrevistado centenas de casais.
O chamado Ciclo da Resposta Sexual Humana descreve as três fases que compõem nossa sexualidade, quais sejam: desejo, excitação e orgasmo. 

 O desejo refere-se ao despertar do apetite e do interesse sexual.
 A excitação refere-se às respostas do corpo a este estímulo, com ereção peniana nos homens e lubrificação vaginal nas mulheres.
 O orgasmo é a última fase, é o pico de satisfação sexual, quando há contração involuntária da musculatura perineal.
Existem drogas que provocam excitação, mas que não influenciam diretamente o desejo sexual (viagra).

O que são feromônios?

Existem também os chamados feromônios, afrodisíacos naturais que quando produzidos e exalados pelos indivíduos no ambiente, provocam alteração de comportamento e da fisiologia em outros indivíduos, geralmente de mesma espécie.
É um tipo de comunicação química que, no reino animal, determina a seleção sexual entre as espécies.

Nos últimos anos têm-se descoberto remanescentes do órgão receptor de feromônios nos seres humanos. Talvez seja possível, num futuro próximo, determinar a escolha sexual pelo cheiro dos parceiros, aumentando ou diminuindo o desejo entre pares específicos.

Polêmica entre ciência e tradição: o que se sabe? 

 O assunto ainda é polêmico. Não há evidências científicas significativas de que tais substâncias possam provocar ou não desejo sexual nos indivíduos, respeitando-se a variabilidade biológica de cada um. Espera-se que nesses próximos anos se descubra mais sobre tais elementos e sobre suas reais propriedades afrodisíacas. 

 Em um clima emocional que se estabelece ao redor dessas substâncias, um morango dado na boca, um incenso num quarto semi-escuro, um amendoim descascado a dois, por si só já pode incrementar o apetite sexual dos parceiros, não necessariamente sendo a substância envolvida a responsável pelo sucesso do casal. 
 Muitas substâncias ditas afrodisíacas são tóxicas, provocando até mesmo a morte de pessoas pelos seus efeitos cardiotóxicos. Deve-se ter cuidado com a utilização de determinados agentes, com a dose e com a sua procedência. 

 O apelo econômico da busca descontrolada do "elixir do amor" infelizmente tem trazido danos até mesmo ecológicos e éticos. Um exemplo são as "fazendas" chinesas de ursos que produzem bílis, substância utilizada para a fabricação de xampus, afrodisíacos e outros produtos milagrosos. Na tradição chinesa a bílis de urso é uma potente medicação para várias doenças. São dez mil animais enjaulados e cateterizados, que vivem por 15 anos com muita dor, praticamente sem movimento e na mesma posição para a extração de bílis. A bílis de urso não foi comprovada cientificamente como uma substância efetivamente afrodisíaca.
 Um casal que busca um incremento na satisfação sexual tem várias opções afrodisíacas que não só o uso de substâncias. 
O afrodisíaco maior está no querer bem o parceiro, no ser atencioso e zeloso tanto sexualmente quanto na rotina diária, e também zeloso com a própria auto-estima.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Popular